Google, Facebook e Amazon podem interromper acessos em protesto
Empresas protestam contra lei antipirataria do Senado norte-americano.
SOPA quer punir sites por distribuição ilegal de conteúdo pelos usuários.
O Google,
o Facebook e a Amazon podem interromper seus serviços coordenadamente
em protesto contra uma lei antipirataria que está em discussão no
Senado norte-americano, de acordo com o site da Fox News.
Chamada de SOPA, sigla para Stop Online Piracy Act (pare com a
pirataria on-line, em, tradução), a lei tem reforço de representantes da
indústria de cinema e de música do país que querem evitar a perda de
vendas de seus produtos distribuídos gratuitamente na web. O projeto
responsabiliza os sites pelo conteúdo publicado ou distribuído
ilegalmente pelos usuários, sugerindo que as empresas encontrem meios
para impedir a pirataria. As penas incluem fechamento do site e até
cinco anos de prisão.
Disney, Universal, Paramount e Warner Bros., grandes estúdios de Hollywood, apóiam a lei, enquanto Google, Amazon, Facebook, eBay, Twitter, PayPal, Zynga, Mozilla, entre outras, são contra.
O diretor da NetCoallition, uma associação das empresas da internet
contra a lei, Markham Erickson, afirmou que a Mozilla, que desenvolve e
distribui o browser Firefox, já desligou seus servidores durante um dia
e que outras empresas como a Wikimedia, responsável pelo Wikipédia,
pensa em fazer o mesmo.
Caso o serviço desses sites seja interrompido, os usuários não poderão
fazer pesquisas no Google, atualizar o Facebook ou publicar mensagens
no Twitter, por exemplo. No lugar das páginas, segundo Erickson,
apareceriam mensagens contra a lei. "As pessoas precisam entender o
impacto destas medidas pois estas normas mudam o modo como se usa a
internet".
Há alguns dias, 40 mil sites retiraram seus serviços do provedor
GoDaddy após a companhia afirmar que apoia o SOPA. A NetCoallition
publicou uma carta em novembro relatando os perigos da aprovação da lei.
Até Sergey Brin, cofundador do Google se manifestou: "Embora eu
entenda o objetivo da proposta de reduzir a pirataria on-line, mas
estou surpreso que quem cria nossas leis poderia contemplar estas
medidas que nos colocariam ao lado das nações mais opressivas do
mundo."
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