Ditadura Militar no Brasil

Ano do Golpe: 1964
Duração: 21 anos, de 1964 a 1985

Apesar de creditarem todos os ônus da ditadura militar aos militares, o fato é que parte da sociedade brasileira à época, assim como os E.U.A., apoiaram o golpe.
Tudo teve início com a renuncia de Jânio Quadros em a1961, com isso João Goulart, o então vice, assumiu a presidência em um cenário político completamente adverso.
Em uma época que o mundo era aterrorizado pela Guerra Fria, e com a propaganda anticomunismo norte americana, as classes dominantes brasileiras da época, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média  com o apoio dos E.U.A. se mobilizaram contra o governo de Jango, por temerem o “monstro” do socialismo, que viam cada vez mais próximo devido a abertura do presidente às organizações sociais, movimentos populares, estudantes e trabalhadores.
Com isso teve início a artilharia contra Jango, os partidos de oposição UDN – União Democrática Nacional e o PSD – Partido Social Democrata, começaram as acusações de que Jango pretendia dar um golpe de esquerda, e que era o responsável pela falta de alimentos e gêneros de primeira necessidade assim como o aumento desenfreado dos preços.
Em seguida (19 de março) foi a vez das classes conservadoras assumirem seu lugar na ofensiva, organizaram a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, desta vez o alvo dos ataques  eram as reformas anunciadas por João Goulart, onde ele prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país, logicamente isto colocaria em check a posição das classes dominantes.
Então em 31 de marcço de 1964 as tropas de Minas Gerais e São Paulo, com o pretexto de evitarem uma guerra civil, tomaram às ruas. Com isso Jango foi obrigado a deixar o País e se refugiar no Uruguai.
Assim os militares tomam o poder e em 9 de abril cassa os mandatos políticos de opositores ao regime e tira a estabilidade de funcionários públicos, o AI-1.
No governo Costa e Silva, em 1968, é decretado o AI-5, o mais duro de todo o governo militar, aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com o habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.
Durante o governo da Junta Militar, de agosto a outubro de 1969, o MR-8 e o ALN sequestraram o embaixador dos E.U.A. e conseguiram com isso a liberação de 14 presos políticos, e no final deste mesmo anos as forças de repressão mataram o líder do ALN, carlos Mariguella.
No governo Medici, também conhecido como “anos de chumbo” onde a repressão e a censura alcançaram o ápice. Professores, músicos e escritores são investigados, torturados e mortos pelo DOI –Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna).
O “Milagre Economigo” que fez o PIB brasileiro crescer a 12% ao ano, gerou milhões de empregos em todo o país teve um custo muito elevado, pois estas obras eram executadas através de empréstimos estrangeiros que geraram um rombo nas contas brasileiras e uma divida externa elevada.

Em janeiro de 1985 o colégio eleitoral escolhe Tancredo Neves como novo presidente, ele havia concorrido com Paulo Maluf, porém o presidente eleito adoece e acaba falecendo. O vice, José Sarney assumi a presidência e em 1988 o Brasil ganha uma nova constituição.

Reuber L. Silva
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