Me formei e agora?

Depois de longos anos estudando, chegou o grande momento da sua vida. Finalmente você está formado. Agora a vida não se resume a longas horas sentado estudando, noites de sono acordado, angústias pelos trabalhos que estão por ser entregues. Simplesmente a pergunta que norteia a sua vida é: me formei e agora? 
*Fotos retiradas da internet.
Para entrar no mercado de trabalho, os jovens saem em busca de seus primeiros acordes na composição que chamamos de: primeiro emprego. “São muitas as exigências para os cargos, até mesmo coisas que não vimos na faculdade, sem contar a experiência que nos é pedida”, conta Tarcizio Pereira, 21 formado este ano por uma universidade particular no curso de ciência da computação. O jovem diz ainda que sempre sonhou em trabalhar no setor privado e tinha essa visão quando entrou na universidade há quatro anos, mas que no decorrer do curso se apaixonou por outro lado da profissão e está focado em concursos públicos que oferecem melhores rendimentos nesse campo de atuação da Ciência da Computação. “Estou estudando para concurso, na área policial, estudo cinco horas por dia. É exaustivo. Mas é meu sonho. Um dia eu chego lá”, diz Tarcizio. O jovem é descontraído e se vê esperançoso em suas jornadas de estudo, por ver ainda que muitos dos seus companheiros de turma buscam se encontrar no mercado de trabalho.

Fora das salas de aula há um mundo inteiro que espera para ser desbravado, ninguém sabe o que se pode esperar quando lhe é entregue o canudo no dia da sua colação de grau. Os sorrisos e certeza de que vão conseguir emprego está nítido no rosto de cada um, mas a verdadeira jornada começa assim que acaba a festa.  Os medos começam a surgir e é comum. O bacharel em administração de empresas, Felipe Almeida,23 conta que “eles são parte integrante de qualquer pessoa com pouca experiência, medo de não ter base suficiente para exercer a profissão. Ao longo do tempo, percebi que os conhecimentos adquiridos no dia a dia e os acadêmicos andam atrelados e são suficientes para suprir os medos que existem.”.As dificuldades de ingresso no mercado de trabalho estão ligadas também à desconfiança dos mais experientes no trabalho dos mais novos. “Posso citar a desconfiança por parte dos chefes sobre a minha capacidade de exercer as atividades que me eram propostas e tinham um nível de complexidade maior como um dos maiores desafios quando comecei na empresa, mas eu sempre busco me aprofundar no conhecimento pessoal e profissional para futuramente gerir o meu próprio negócio. A experiência que estou tendo agora é fundamental para concretizar este sonho futuro”, relata Almeida.

Ao sair da universidade, os novos graduados tendem a se sentir frustrados por não conseguirem seu emprego e lugar no mercado de trabalho.

*Fotos retiradas da internet.
A psicóloga Priscilla Aparecida, 26, diz que na maioria dos casos este sentimento de impotência está ligado às dúvidas de estar ou não na profissão correta e que os jovens buscam acompanhamento psicológico na maioria das vezes levados pelos pais. “É necessário trabalhar o envolvimento da pessoa, a certeza de estar tentando o caminho certo e o que ela pode fazer para conseguir seu lugar no mercado de trabalho”, comenta a psicóloga. Muitos começam com o sonho da profissão e no meio do caminho descobrem que a realidade é bem diferente do que tinha em mente. A arquiteta Gabriela Formiga,23 diz que quando entrou na faculdade idealizava um futuro promissor e imaginava que o mercado estaria de portas abertas para ela. “Minha opinião de ter uma carreira promissora não mudou, porém, percebi que ingressar no primeiro emprego não seria tão fácil como tinha imaginado no começo do curso”, relata Gabriela.

O pedagogo Bruno Carvalho, 24, diz que o seu grande desafio na profissão é mostrar que é capaz de desenvolver seu trabalho tão bem quanto uma mulher, já que sua área de atuação é formada por 70% do sexo feminino. “Sou feliz pela profissão que escolhi desde os meus sete anos de idade. Amo o que faço. Para ser um bom professor eu procuro ir além da sala de aula. Para educar é transformar o que é ser simples em grandes metas a serem alcançadas”, diz Bruno.

É importante que o jovem busque ir atrás do seu verdadeiro caminho, das oportunidades e do desejo pessoal de crescer. A vontade de estar no mercado de trabalho é o primeiro passo para conseguir sair dos grandes questionamentos sobre o que fazer quando se tem um diploma na mão e mil ideias na cabeça. Se formar não é em si garantia de emprego, mas é um passo importante que pode levar à concretização das realizações profissionais.




Por Tábata Ferreira (Tatá Reporter: tabatanascimento.wordpress.com)



0 comentários :